Futuro do brincarBrincar é se divertir.
Isso não mudou e provavelmente não mudará.

Mas, o que já mudou e continuará se transformando é o ambiente e a infraestrutura do brincar: onde a brincadeira acontece, com quem, de que forma e quais materiais e objetos são utilizados pelas crianças.

O futuro do brincar aproveitará tudo o que as crianças fazem há séculos para se divertir – contar estórias, jogar, se movimentar, criar coisas, montar, fazer de conta- e ampliará tudo isso para misturar o mundo virtual e presencial em vias digitais: celulares, tablets, redes sociais, realidade aumentada e novas tecnologias que ainda estão por vir…

Ou seja, o futuro do brincar caminha para uma interação de vários playgrounds multi-dimensionais.

Mais interessante ainda é que o processo de aprendizado das crianças e adolescentes vai permear todos estes playgrounds e acontecerá dentro e fora da escola.

As fronteiras entre aprender na escola e brincar em casa estão se diluindo para criar uma experiência de aprendizado e brincadeira mais constante e interligada.

O Institute for the Future aponta algumas direções para o futuro do brincar:

– as crianças serão cada vez mais autoras e criadoras das próprias brincadeiras através da interação de diferentes meios de comunicação (transmídia) e de ferramentas digitais
– o brincar será cada vez mais uma mistura entre o virtual e o físico
– Muitos brinquedos estimularão a interação emocional com a tecnologia.
– crianças irão adquirir cada vez mais domínio de novas habilidades multimídia através do brincar

O Institute for the Future lançou um desafio pensando em uma situação hipotética: no ano de 2021, Naomi, uma menina de 10 anos e saudável de repente sofre um acidente, fica tetraplégica e impedida de brincar com as amigas.

O desafio era o seguinte: “Criar uma experiência divertida para que Naomi volte a brincar com as suas amigas fora de casa. Inventar ou reinventar uma tecnologia que conecte a Naomi à vida social.”

Heartbook foi a solução encontrada para este desafio. Um dispositivo que funcionaria através de live-streaming vídeo e áudio que permitisse o compartilhamento de conversas e imagens em uma rede social através de um aparelho digital “vestível”. Seria quase como se a Naomi fosse teletransportada holograficamente para junto de suas amigas em tempo real onde elas estivessem.

Incrível, né?

Este brincar multi-dimensional seguirá as crianças de hoje até a idade adulta e terá efeito nos relacionamentos sociais, na criatividade das pessoas e na relação com as instituições em geral.