Nesta Semana da Educação Financeira o Playground da Inovação lança uma questão fundamental:
Programas de educação financeira podem ser realmente eficazes sem uma educação emocional conjunta?
Quantos adultos se atrapalham simplesmente porque se empolgam demais e gastam descontroladamente.
Ou se endividam porque ficam tão ansiosos com a sua vida financeira que preferem nem pensar sobre o assunto.
Ou seja, estes adultos não entendem as emoções que sentem ao lidar com o próprio dinheiro. E, consequentemente, tomam decisões equivocadas baseadas em fatores psicológicos desconhecidos para eles.
O impacto das emoções e das habilidades socioemocionais na gestão financeira tem sido negligenciado.
Educação Financeira e Educação Emocional devem andar de mãos dadas. E desde cedo.
Ensinar uma criança a planejar seus gastos, a ter metas financeiras, a economizar e a ficar longe de dívidas é fundamental.
Assim como conscientizá-la sobre a influência do seu comportamento financeiro na sociedade e sobre a importância de assuntos como economia circular, consumo consciente e ética nas finanças.
Mas junto com tudo isso é necessário ensiná-la também que sentimentos como empolgação excessiva, ansiedade, preocupação e culpa acompanham e influenciam diretamente cada decisão ligada ao dinheiro.
Aprender a controlar estes sentimentos previne inúmeros problemas financeiros ao longo da vida.
“Dinheiro é emocional. Se existe algum tópico que ativa mais a amígdala- centro do cérebro que regula os sentimentos, a esperança e o medo – é o dinheiro. A conexão entre as emoções e as decisões financeiras é o foco de um campo novo: a Neuroeconomia”
Daniel Goleman, autor de “Inteligência Emocional”.
Ajudar a criança a entender a cultura financeira da sua família também faz a diferença. Como os seus pais lidam com dinheiro? Qual é o significado do dinheiro dentro da sua família?
O comportamento dos pais é aprendido pela criança sem que ela perceba. Pais que gastam demais, que controlam demais o dinheiro, que ficam deprimidos quando gastam ou que não se preocupam com dívidas passam para a criança mensagens psicológicas e éticas que afetam diretamente o seu desenvolvimento.
Aliar o ensino da gestão do dinheiro ao conhecimento e auto-controle das emoções é fundamental e urgente para preparar as novas gerações a tomar decisões adequadas, sustentáveis e impactantes para a nossa sociedade.
Não dá pra educar o bolso sem educar o coração…
“MANTENHA A CALMA E FAÇA DINHEIRO”.