Enquanto a preocupação da maioria dos pais e educadores ainda se refere à quantidade de tempo que as crianças ficam em frente às telas, as empresas de tecnologia estão vários passos à frente e lançam todos os anos no mercado pequenos robôs que prometem se tornar companheiros das novas gerações. Em um piscar de olhos surgem formas inéditas de relacionamento entre os seres humanos e as máquinas inteligentes.

A mais recente novidade é a “Little Sophia”, a irmãzinha mais nova da robô Sophia já conhecida no mundo todo e considerada cidadã na Arábia Saudita. Criada pela empresa Hanson Robotics, a pequena Sophia tem o objetivo de introduzir crianças de 7 a 13 anos, especialmente meninas, no universo das ciências, tecnologias, engenharia e matemática. Através do aprendizado de programação e inteligência artificial a pequena robozinha vai além de ensinar. Ela é também capaz de expressar vários tipos de emoções e de estabelecer uma conversa, tornando-se uma “companheira educacional”. Ainda em campanha no site de vaquinha coletiva Kickstarter, o projeto da Little Sophia já arrecadou mais do que o valor pedido pela empresa e a robô deve ser lançada ainda este ano.

Tecnologias que prometem cuidar de crianças e idosos já são uma realidade e movimentam um indústria milionária. Por exemplo, eu já tive a oportunidade de conhecer pessoalmente e também de observar crianças e adultos interagindo com o robô Pepper que deve ser vendido ainda este ano no Brasil. É impressionante a rapidez com a qual as pessoas estabelecem um contato afetivo com ele. Carinhos físicos, sorrisos e até frustração com o robô deixam claro que estamos começando uma era de relacionamento emocional com tecnologias avançadas.

As oportunidades e os riscos para o desenvolvimento humano trazidos pelas tecnologias avançadas ainda não são claros e nos lançam em um terreno inédito onde novos dilemas éticos e tipos únicos de relações humanas surgem.

Conheça a pequena Sophia no vídeo abaixo: